Como em qualquer mercado a combinação demanda e escassez resulta em valorização, no mercado de trabalho não é diferente, por isso, todo aquele que busca valorização e reconhecimento deve utilizar o tempo de forma inteligente, em outras palavras, é imprescindível utilizar o tempo para auferir e compartilhar conhecimento, para traçar uma estratégia que viabilize o seu diferencial competitivo e consequentemente a sua valorização no mercado de trabalho. Muitas pessoas reclamam das adversidades que encontram para conseguir um emprego, mas lamentar não resolve! Para assegurar a empregabilidade é preciso ter iniciativa, manter-se atualizado, pois atualmente não é mais permitido parar de adquirir conhecimento.
A empregabilidade é uma “grandeza” diretamente proporcional à capacidade de adquirir novos conhecimentos e construir novos relacionamentos que sejam profícuos para área profissional onde atua ou pretende atuar. Para alguns profissionais o mercado de trabalho está congestionado - tal qual o trânsito das grandes cidades -, talvez essa situação seja decorrente da falta de um objetivo. Para vencer essa adversidade é preciso aprimorar o autoconhecimento, conhecer seus pontos fortes e fracos, bem como conhecer a área que pretende atuar, para poder definir um plano que estabeleça prazos e metas para vida profissional.
É mais
fácil encontrarmos o caminho para ampliar a nossa empregabilidade quando
definimos a nossa área de atuação, a partir daí podemos aplicar o PDCA –
Planejar, Executar, Verificar e Aplicar ações corretivas - na vida
profissional. Como aplicar o PDCA? Primeiro é preciso analisar como está a
nossa carreira profissional e depois pensarmos no que desejamos que ela se
transforme. Os próximos passos são a implementação das ideias, a monitoração e
avaliação dos resultados alcançados e depois a correção de eventuais falhas -
sempre que for necessário.
Conseguir
o primeiro emprego é uma tarefa árdua, pois as organizações querem
profissionais experientes, dinâmicos e resilientes - preparados para lidar com
adversidades, situações imprevistas e inesperadas. Para os que buscam vencer
essa batalha compartilho um dos ensinamentos de Sun Tzu: "aquele que
não conhece o inimigo - as imposições do mercado de trabalho -,
nem a si mesmo - suas competências e habilidades -, perderá
cem batalhas -oportunidades de emprego -; aquele que conhece a si
mesmo, mas não conhece o inimigo, poderá ganhar como também poderá perder, com
chances iguais para a vitória ou para a derrota; mas aquele que conhece a si
mesmo e também ao inimigo, vencerá todas as batalhas".
As mudanças impostas pelo avanço tecnológico e pelo capitalismo nos direcionam para encararmos o desafio de ser um profissional “cosmopolita”. O profissional que busca a empregabilidade almeja o sucesso e um bom desempenho profissional deve estar preparado para lidar com as mudanças. Para ser um “profissional cosmopolita” é necessário estar apto para conviver com novas culturas. As organizações do século XXI tendem a atuar nos continentes e formar conglomerados, o que acarreta em choques de culturas.
Segundo Nietzsche, o nosso maior tesouro está na colmeia do nosso conhecimento. As perspectivas para o século XXI apontam o capital intelectual como a maior riqueza das organizações. Profissionais com capacidade técnica e alto nível de inteligência emocional estão propensos a auferir bom desempenho profissional e a presença deles será determinante para que as empresas possam alcançar bons resultados. As organizações buscam gestores e subordinados criativos, que saibam cultivar boas relações dentro e fora do ambiente organizacional e que tenham a competência de administrar conflitos.
Para entender o mercado de trabalho é necessário filosofar como Raul Seixas – “...Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou..." -, pois o conhecimento pode se tornar obsoleto repentinamente. Aprendi que a empregabilidade é uma "Metamorfose Ambulante" e para mantê-la é preciso sair da zona de conforto, içar a âncora daquela "velha opinião formada sobre tudo". Se for necessário aprenda a desaprender, quebre paradigmas!
Encerro o
tema com uma reflexão causada pelo pensamento do genial Fernando Pessoa:
Filosofar é preciso – necessário ou indispensável -, empregabilidade não é
preciso – fixo ou exato.
Um comentário:
Sua explanação é muito pertinente. No mundo empresarial não há perdão para quem acredita que "O acaso vai me proteger, enquanto eu andar distraído". Deveremos fazer uso do CHA como receita para a empregabilidade. Conhecimento, Habilidade e Atitude sempre!!!
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