Peter Drucker afirmou que o gerente é pago para estar desconfortável, mas
se ele estiver confortável, é um sinal seguro de que está fazendo as coisas
erradas, ou seja, não há espaço para zona de conforto. Recentemente ouvimos que
os administradores são os “médicos” das organizações, sendo
assim, compete a eles diagnosticar e fazer prognósticos para que as
organizações sobrevivam. Muitas vezes um simples CHA (companheirismo, humildade
e aceitação) resolve o mal-estar das organizações, decerto não há
contraindicações para o CHA – mas isso não descarta o acompanhamento de um
profissional competente para receita-lo. A cura restabelece e pode causar
transformações no organismo, mas não o livra de outras intempéries. Uma
vez que as intempéries não deixarão de ocorrer, flexibilidade é a palavra de
ordem para as organizações! A rigidez limita as possibilidades de lidar com as
mudanças.
Para administrar é preciso aprender a aceitar,
porém precisamos esclarecer que não estamos nos referindo a
acomodação, mas aceitar no sentido de receber de forma amistosa e
admitir que há diversidade, que o mundo não é homogêneo e que a
diversidade de opiniões, de cultura e de experiências é fundamental
para sobrevivência. Também precisamos perceber a relevância das interações,
pois uma organização é consequência da constituição de um, dois ou mais grupos.
É a interação que possibilita a cooperação e a colaboração que são essenciais
para a sobrevivência das organizações.
A difícil arte de administrar nos compele a pensar nas possibilidades,
não devemos negligenciá-las, pois nossas possibilidades influem nos nossos
sucessos ou fracassos. O êxito pode ser obtido trilhando caminhos diferentes,
porém o receio de correr riscos nos acomoda. Mesmo que uma
estratégia alcance os resultados almejados não devemos descartar que pode haver
outras possibilidades, o mesmo serve para quando algo não sai como o esperado.
Às vezes algo dá errado por não percebermos ou não estarmos abertos
a outras possibilidades!
Assim como os seres vivos, as organizações precisam ter a capacidade de
se adaptar às mudanças, a tarefa não é fácil porque tanto o ambiente
ou a própria organização podem ser o agente causador da mudança. Para
administrar é necessário perceber que a transformação não é uma escolha e sim
uma imposição! Pois tudo o que vive se transforma. Precisamos admitir que a tão
sonhada estabilidade é uma grande falácia! As organizações precisam se
transformar, não há como negar: onde houver transformação não haverá
estabilidade. A transformação é constante, porém nem sempre conseguimos
percebê-la.
Uma vez que se compreende que o estado natural das organizações não é
estável, e sim dinâmico, passamos a entender a real necessidade de acompanhar
as mudanças impostas pelo ambiente, e também por outras variáveis, cabendo ao
administrador atuar como impulsionador das mudanças, como também desenvolver a
habilidade de ordenar o caos, criando uma atmosfera harmônica entre o caos
advindo dos avanços tecnológicos, mudanças políticas e econômicas, concorrência
acirrada e etc., e a ordem necessária ao bom funcionamento e desempenho
organizacional.
AUTORES: Carlena Pompeu e Luciano Conceição
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