Certa ocasião, um mestre conduzia seu jovem aprendiz pela
floresta. Este, no entanto, não estava satisfeito com o passeio, pois
escorregava e caía, escorregava e caía... Enquanto essa cena se repetia, o
mestre, embora mais velho, caminhava sem sufocos e sem tropeços que o fizessem
ir ao chão.
A cada tombo o aprendiz blasfemava, levanta-se, cuspia no chão
(escorregadio e cheio de armadilhas) e continuava a acompanhar seu mestre.
A jornada foi longa, mas finalmente chegaram ao lugar
sagrado. No entanto, para surpresa do aprendiz, o mestre não parou. Ele
simplesmente deu meia volta e começou a viagem de volta ao ponto de partida.
O jovem ficou injuriado e enquanto levava mais um tombo,
disse ao mestre: “Você não me ensinou nada hoje”.
O mestre, sem perder a firmeza dos passos, retrucou: “Ensinei
sim. Você não percebeu? Aliás, você parece que não aprende. Estou tentando lhe
ensinar como se lida com os erros da vida”.
O aprendiz olhou desconfiado e perguntou: “Lidar com os erros
da vida? Como se lida com eles?”
Prontamente o mestre lhe respondeu: “Como deveria lidar com
os seus tombos”. E acrescentou: “Em vez de ficar amaldiçoando o lugar onde
caiu, deveria procurar saber o que o fez escorregar”.
FONTE: LOTZ, Erika Gisele; GRAMMS, Lorena Carmen. Gestão de Talentos. Curitiba: Ibpex, 2012.
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